Assintecal alerta empresas sobre riscos psicossociais do trabalho
A Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), em sua reunião do grupo de Recursos Humanos, realizada com empresas associadas, alertou para os riscos psicossociais e organizacionais constantes na NR 1 (que trata do gerenciamento de riscos ocupacionais). O encontro aconteceu no formato on-line durante a tarde do dia 22.

A Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), em sua reunião do grupo de Recursos Humanos, realizada com empresas associadas, alertou para os riscos psicossociais e organizacionais constantes na NR 1 (que trata do gerenciamento de riscos ocupacionais). O encontro aconteceu no formato on-line durante a tarde do dia 22.
Na oportunidade, a advogada e coordenadora de Assessoria de RH/DP, Carla Martin, destacou os principais pontos da NR 1, que será obrigatória a partir de maio de 2026, e seus impactos para empresas e profissionais. Segundo ela, o PGR (programa de gerenciamento de riscos) deve conter a análise de riscos psicossociais do trabalho. Como riscos psicossociais, a profissional elenca todos os tipos de assédio (moral e sexual), ambientes organizacionais tóxicos, sobrecarga de trabalho, pressão exacerbada, falta de clareza/ferramentas para os colaboradores, bullying, entre outros.
Ressaltando que, nos últimos dois anos, aumentou em mais de 200% o número de afastamentos do trabalho por conta de doenças mentais (chegando a mais de 400 mil afastamentos), Carla ressaltou a importância da criação de programas corporativos que levem em consideração os riscos psicossociais, em especial o combate ao assédio. Além da criação de programas, campanhas educativas e treinamentos de líderes sobre o tema, a advogada sugere a integração intersetorial envolvendo Departamento Pessoal, Recursos Humanos, área de Saúde e Segurança no Trabalho e Jurídico. O RH precisa selecionar o candidato de acordo com a vaga, treiná-lo e fazer a sua integração. Já o DP tem como missão registrar as queixas dos trabalhadores, acompanhar atestados em integração com a SST, que por sua vez precisa fornecer dados para alinhamento com a folha de pagamentos. O Jurídico fica com a missão de validação de contratos e documentos e acompanhamento dos casos de afastamento por doenças psicossociais, recorrendo quando necessário no prazo máximo de 30 dias.
Reflexos
A falta de uma análise adequada de riscos psicossociais tem reflexos previdenciários e tributários. Segundo Carla, entre eles estão os aumentos do absenteísmo/afastamentos acidentários, impactos no aumento do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e das ações trabalhistas, inclusive regressivas no caso de negligência da empresa. “Também temos impactos que vão desde multas por infração até interdição, com prejuízos importantes para as empresas”, informou.
Além dos reflexos negativos do não levantamento dos riscos psicossociais, a advogada listou os benefícios de adotar medidas de prevenção na área. Segundo ela, é preciso “transformar custos em investimentos”, ao demonstrar para as direções das empresas a importância do tema e seus impactos nas melhorias da produtividade e do clima organizacional, queda no absenteísmo, entre outros fatores.
O grupo
Com reuniões bimestrais entre especialistas e representantes de empresas associadas à Assintecal, o grupo de Recursos Humanos foi criado para discutir pautas pertinentes à área, discutindo pautas e práticas de melhorias contínuas na gestão. Mais informações pelo e-mail relacionamento@assintecal.org.br.
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