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A Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) realizou, entre os dias 9 a 11 de maio, uma Missão à Argentina. O intuito da visita da superintendente da entidade, Silvana Dilly, foi estreitar os laços com os industriais argentinos e discutir formas de solucionar o impasse que vem atrasando o pagamento das exportações brasileiras para o país vizinho.
 
O primeiro dia, 9, foi de reunião na Camara de la Industria del Calzado (CIC), em Buenos Aires. Lá, Silvana foi recebida por fabricantes de calçados locais e representantes da diretoria da CIC, além de diretores da Camara de Cordoba e de Santa Fé. “Colocamos todo o know-how da indústria brasileira à disposição das empresas argentinas. Muito mais do que parceiros comerciais, podemos também ser parceiros técnicos quando entramos em temas como de processos de produção, design e sustentabilidade”, avalia. Segundo ela, na reunião também foi abordada a dificuldade de compra de materiais brasileiros, seja pela demora de liberação das licenças (Siras) como pela dificuldade de recebimentos de pagamentos em função de uma resolução do Banco Central argentino que alterou as condições de acesso ao Mercado Único de Câmbio para pagamento de importações. “Algumas empresas brasileiras reportam atrasos que chegam a 180 dias. É uma situação insustentável, especialmente para empresas de menor porte”, destaca.
 
Desabastecimento
Segundo informações do Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil na Argentina, foi reativada a chamada “comissão de pagamentos”, que está sendo capitaneada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em conjunto com o Ministério da Economia da Argentina. “Aqui se abre um canal para trabalharmos sobre a dificuldade de abastecimento de matéria-prima da indústria local, ressaltando que não são somentes os exportadores que estão perdendo com o entrave, mas os próprios fabricantes argentinos, que estão desabastecidos”, comenta Silvana, ressaltando que a Argentina é o principal destino dos componentes brasileiros no exterior.
 
Nos dois dias seguintes, a executiva da Assintecal visitou a Exposición Internacional de Cueros, Materiales, Componentes, Tecnología y Moda para la Industria del Calzado y Afines - EXPOCAIPIC, principal feira da indústria de base da Argentina. Na oportunidade, Silvana participou de reunião com o presidente-executivo da CAIPIC (associação dos fornecedores da Argentina promotora do evento), Hugo Alvarez. “Mais uma vez, os argentinos lamentaram a política monetária que vem atrasando os pagamentos para os exportadores. Assim como os calçadistas, as fábricas locais de componentes utilizam insumos importados e estão sofrendo com o desabastecimento dado a dificuldade de importação. Muitos exportadores já não querem vender produtos essenciais, pois não recebem”, conta a executiva. Conforme a CAIPIC, algumas fábricas locais, inclusive, estão parando de produzir ou usando menos de 60% de sua capacidade instalada.
 
Segundo Alvarez, o comitê de pagamentos, na prática, não está funcionando e abriu, inclusive, espaço para mecanismos ilegais para liberação de pagamentos. O executivo da Caipicc ressaltou, ainda, que é preciso uma pressão por parte do governo brasileiro para resolver a questão, visto o bom relacionamento com o governo de Fernandez.
 
Mercado
No primeiro trimestre do ano, conforme dados da Assintecal, a Argentina importou o equivalente a US$ 10,17 milhões em componentes brasileiros, uma queda de 101% em relação ao mesmo período de 2022. “O fato ocorre por dois motivos principais, a menor demanda da indústria local e também a dificuldade nos recebimentos”, conclui Silvana, frisando que um dos intuitos das reuniões é buscar soluções para o impasse
comercial.





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